UFSC aguarda aprovação da Petrobras para testar tecnologia inovadora em águas ultra-profundas
“Podemos estar diante do melhor sistema de proteção e resfriamento passivo para eletrônica de potência submarina do mundo, desenvolvido por brasileiros, para uma empresa brasileira.” Essa é a expectativa do engenheiro Lucas Militão sobre o projeto “Desenvolvimento de Sistemas Avançados de Proteção e Resfriamento de Sistemas Elétricos Submarinos sob Alta Pressão”, cuja segunda fase aguarda aprovação da Petrobras para ser executada por pesquisadores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
A primeira fase do projeto, finalizada em setembro de 2018, resultou em uma tecnologia que poderá ajudar a Petrobras a realocar alguns equipamentos das plataformas de petróleo para o fundo do mar, o que os deixaria mais próximos aos sistemas de extração. “Além do fato de o equipamento desenvolvido ser compacto e atender aos requisitos necessários para uma operação segura, resultados preliminares de uma análise comparativa com as soluções comerciais têm apontado uma vantagem considerável para o nosso equipamento em termos de eficiência energética e peso”, explica Militão, doutorando em Engenharia Mecânica na UFSC. Seu orientador, o Prof. Jader Barbosa Jr., acrescenta: “A geometria favorece a dissipação de calor, o que torna o sistema mais compacto e seguro, além de muito mais econômico para montagem e instalação no leito marinho.”
A aplicação dessa tecnologia depende de ajustes e outros procedimentos previstos para a segunda fase do projeto, em análise na Petrobras. Ainda que seja essencial testar as novidades em condições reais de operação, elas se mostram promissoras. “Com alguns equipamentos mais próximos aos sistemas de extração, haverá economia de recursos, limitação ao dano ambiental e maior eficiência no processo”, prevê o Prof. Carlos R. Rambo, docente do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC e coordenador do projeto.
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