Ventilador pulmonar catarinense testado em laboratório da UFSC começa a ser produzido

17/08/2020 15:12

Produção de respiradores pulmonares na empresa GreyLogix. Foto: NSC Total.

Desde o início da pandemia, Santa Catarina já habilitou mais de 600 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para atender os pacientes graves de COVID-19. Além de toda a equipe e estrutura médica necessária, um tipo de equipamento é fundamental para atender as emergências: os ventiladores pulmonares. O aparelho auxilia os pacientes substituindo o movimento natural da respiração, acometida pela doença, enviando ar para dentro dos pulmões.

À medida que o número de casos graves aumenta, mais pessoas precisam desses dispositivos para a manutenção da vida. Os ventiladores pulmonares, por sua vez, têm um custo alto devido a tecnologia e complexidade envolvidas na produção. De acordo com dados da UOL, no início da pandemia, cerca de 60% dos municípios brasileiros não tinham ventiladores em suas unidades de saúde. O contexto de escassez dos aparelhos no país, fez com que diversas instituições e empresas buscassem alternativas para amenizar esses impactos da doença. 

A Universidade Federal de Santa Catarina não parou e tem desenvolvido diversas iniciativas de enfrentamento à COVID-19 (Saiba mais em: principais iniciativas da UFSC no combate ao Coronavírus).

No caso de ventiladores pulmonares, são necessários uma série de testes para atendimento aos requisitos normativos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), mais especificamente ensaios de compatibilidade eletromagnética e segurança elétrica. Aí que entra o Laboratório de Eletromagnetismo e Compatibilidade Eletromagnética do Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica da UFSC (MagLab/UFSC). O MagLab/UFSC tem auxiliado diversas empresas e entidades na adequação de equipamentos eletroeletrônicos relacionados COVID-19.

MagLab/UFSC realizou testes e ensaios no respirador pulmonar catarinense. Foto: Divulgação.

Nos últimos meses, o laboratório auxiliou a empresa catarinense GreyLogix no processo de testes e ensaios de ventiladores pulmonares, visando o atendimento dos requisitos normativos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Nestes ensaios, foi verificado o desempenho do equipamento frente a perturbações eletromagnéticas que podem ocorrer durante a operação do equipamento, bem como os requisitos de segurança elétrica para proteção dos usuários.

Após a colaboração do MagLab/UFSC e outras instituições parceiras, a GreyLogix começou a produzir os ventiladores pulmonares na sua unidade em Mafra, no final de julho. “Foram 4 meses de muita dedicação e uma grande equipe. Somamos engenheiros de diversas disciplinas e diversos outros profissionais que deram suporte administrativo, comercial, compras, entre outros” afirmou o Diretor Executivo da empresa, Renato Leal. A fábrica instalada no município catarinense sofreu uma grande adaptação e foi transformada em uma unidade de componentes eletromédicos, adequando-se para a produção dos equipamentos voltados para a área da saúde. (Leia mais em:Projeto de respiradores pulmonares de SC é aprovado pela ANVISA

A relação entre a UFSC e os ventiladores pulmonares desenvolvidos em território catarinense não está apenas no suporte provido pelo MagLab/UFSC. A GreyLogix foi fundada por Rafael Gonçalves e Renato Leal, egressos do curso de Engenharia de Controle e Automação da Instituição. “Desde a fundação da empresa, sempre mantivemos laços próximos com a Universidade e pretendemos aproximar cada vez mais” acrescentou Renato. Além dos dois, a empresa também conta com diversos colaboradores oriundos da Instituição.
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Pesquisadores da UFSC testam protótipo de reanimador mecânico automatizado

10/08/2020 09:41

Ambu automatizado. Foto: Divulgação.

Professores e pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão trabalhando no aprimoramento de um protótipo de automatização de um reanimador mecânico de uso hospitalar, conhecido popularmente como ambu. Depois de aprovado em todos os testes, o equipamento poderá ter vários de seus componentes produzidos em diversos pontos do país por intermédio de uma rede de manufatura distribuída. O ambu é um equipamento composto por um balão de ar autoinflável acionado manualmente, usado no socorro de pessoas com dificuldades respiratórias, um sintoma comum em casos graves de Covid-19.

O ambu automatizado desenvolvido no Brasil é um dos produtos do Fasten Vita, projeto do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Pesquisa e Desenvolvimento do Brasil (Inesc P&D Brasil). O Inesc é uma associação privada sem fins lucrativos dedicada à cooperação em pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia em áreas da engenharia. É integrado por 19 universidades federais e estaduais do Brasil, entre elas a UFSC e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
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