Agência Ciência em Pauta publica especial sobre cientistas mães
A participação feminina na ciência foi tema de um artigo publicado em maio, no Jornal do Brasil, pelo pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz e membro da Academia Brasileira de Ciências, Eloi de Souza Garcia. O texto, intitulado “Por uma ciência mais feminina”, traz à tona uma nova revolução empregada pelas mulheres: a revolução científica e tecnológica.
Um pouco antes, a bióloga Cris Bonorino escreveu e postou um texto sobre os dilemas que envolvem a atividade científica e o exercício pleno da maternidade no blog da Sociedade Brasileira de Imunologia. “Ser ou não ser – mãe e cientista – the sweet insanity of trying to do it all” mostra uma entrevista com a também bióloga Elizabeth Blackburn, vencedora do Prêmio Nobel de Medicina em 2009 e mãe desde 1985. Ela conta que muitas cientistas, principalmente as mais jovens, relutam em ter filhos e decidem priorizar o trabalho.
Para Blackburn, a maternidade não é um sacrifício à carreira. “Certamente, haverá alguns anos em que você também não estará 100% focada no trabalho”, completa. A pesquisadora afirma que há, sim, muita dificuldade em conciliar o trabalho e a família, e que ambos exigem tempo e dedicação. No entanto, ela acredita que as cientistas devem usar suas habilidades para encontrar uma solução. “Use essa sua boa cabeça de cientista, uma cabeça solucionadora de problemas, para descobrir como lidar com isso”.
Inspirada em depoimentos como estes, a equipe do Ciência em Pauta resolveu procurar, entre as mais de 600 professoras doutoras da Universidade Federal de Santa Catarina, aquelas que tivessem escolhido a experiência da maternidade. Perguntamos a algumas delas como fazem para conciliar o ser mãe e o ser cientista e percebemos que, apesar dos desafios, estes papéis podem estar a favor um do outro.
Assista ao vídeo Mães Cientistas – tempo sem hora, produzido por Jéssica Fuchs e João Gabriel Nogueira e confira os depoimentos.
Fonte: Agência Ciência em Pauta
http://www.cienciaempauta.com.br
