Aluno de Arquitetura e Urbanismo vence prêmio Odebrecht de sustentabilidade
Nesta terça-feira, dia 13, no Rio de Janeiro, Eduardo Leite Souza, do curso de Arquitetura e Urbanismo, orientando do professor Enedir Ghisi, do departamento de Engenharia Civil, será um dos cinco premiados nacionalmente na 4ª edição do Prêmio Odebrecht de Sustentabilidade. O estudante projetou uma esquadria que permite ventilação natural, controle da insolação e vista de dentro da casa para o exterior.
Dois projetos desenvolvidos por universitários catarinenses serão premiados nacionalmente, amanhã, no Rio de Janeiro, na 4ª edição do Prêmio Odebrecht de Sustentabilidade. São cinco vencedores no país, e entre os escolhidos estão alunos da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os temas focaram na reutilização de resíduos gerados pelas obras nos próprios canteiros e tecnologia inteligente para transformar edificações em ambientes com climatização adequada, sem aumento no consumo de energia. O autor, ou grupo de autores, e orientadores ganham R$ 20 mil cada.
Universidades recebem a mesma quantia em prêmios ou patrocínio de bolsas de estudo. No ano passado, a UFSC também foi premiada. Os alunos Gustavo Prado Fontes e Rovy Pinheiro Pessoa Ferreira desenvolveram o projeto Escola Modular Sustentável, sendo orientador Enedir Ghisi.
Pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o estudante Eduardo Leite Souza, do curso de Arquitetura e Urbanismo, projetou uma esquadria que permite ventilação natural, controle da insolação e vista de dentro da casa para o exterior. O desenho leva em conta a entrada do vento e da luz de forma horizontal, vertical, diagonal.
Investimentos governamentais na construção de casas populares evidenciam projetos arquitetônicos que ignoram variáveis locais referentes ao clima, insolação e ventos.
Enquanto isso aumenta o número de aparelhos como ventiladores e ar-condicionado, que aumentam o consumo de energia – explica Souza. Ele afirma que uma das causas da ventilação deficiente diz respeito à baixa qualidade das esquadrias. A maioria apresenta uma pequena área de abertura para ventilação e, além disso, é inadequada, uma vez que não é possível controlar a insolação, a ventilação e a vista para o exterior de modo simultâneo. É simples de entender: quando se consegue controlar a insolação (fechando uma janela ou porta, por exemplo), a ventilação e a vista acabam sendo prejudicadas.
Orientador do projeto, o professor Enedir Ghisi dá aulas no Departamento de Engenharia Civil da UFSC. Ele explica que foram cerca de seis meses de trabalho direcionado ao prêmio, que faz uma provocação a ideias da sustentabilidade. O orientador destaca que, diferentemente do mercado tradicional, a esquadria projetada leva em conta a matéria-prima disponível nas regiões (madeira, alumínio, PVC). Depois de patenteado o projeto, será estabelecida parceria com empresas para aproveitamento do material existente.
Por Angela Bastos
Fonte: Diário Catarinense (Geral- Nosso Mundo Sustentável – Projetos Catarinenses são vencedores de prêmio nacional) edição de 12 de março de 2012
