Chefes de Departamento: Álvaro Guilhermo Rojas Lezana – EPS

02/06/2014 17:25

O Núcleo de Comunicação do Centro Tecnológico está realizando uma série de entrevistas com os novos Chefes dos Departamentos de Ensino do CTC. A cada semana será publicado um perfil. E para iniciar esta nova etapa de entrevistas, o Professor Álvaro Guilhermo Rojas, Chefe do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, fala um pouco sobre a sua trajetória.

O professor Álvaro Rojas Lezana possui uma extensa carreira acadêmica dentro e fora da Universidade Federal de Santa Catarina. Formado em engenharia química pela Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso, fez mestrado na UFSC e doutorado na Espanha e tendo como sua principal área de atuação inovações e empreendedorismo. Desde 1983 é professor do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas (EPS).

Em seus 31 anos na UFSC o professor já exerceu diversos cargos dentro e fora da Universidade. Dentre eles, diretor da FEESC em 1985 e Secretário Adjunto da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado em 1988. Na década de 90 assumiu pela primeira vez a Chefia do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas e anos depois foi vice-diretor do CTC. Ao sair da diretoria, foi para Joinville na função de diretor acadêmico para implantar o campus universitário na cidade. Ao retornar para Florianópolis, no começo de 2013, assumiu novamente a Chefia de Departamento da EPS, função essa que exerce atualmente.

Ao assumir o cargo, o professor Lezana adotou uma série de medidas. A primeira delas foi reorganizar a estrutura burocrática do Departamento, que se encontrava deficiente em decorrência da greve dos servidores técnico-administrativos. Na sequência, buscou revitalizar as estruturas dos prédios e melhorar a qualidade dos ambientes de convivência, laboratórios e salas de aula. O professor avalia que o principal objetivo de sua gestão é trabalhar o que chama de a atividade fim da Universidade. Ou seja, aprimorar e focar no papel da Universidade de formar profissionais competentes e com diferencial para o mercado de trabalho. Para o Chefe de Departamento, a UFSC tem perdido seu papel ao investir em áreas que não condizem com a realidade do que os alunos irão enfrentar quando iniciarem a carreira profissional. Segundo o professor, as formas de solucionar esse problema seriam investir mais em uma grade curricular que alinhe melhor a teoria à prática e a um maior número de matérias interdisciplinares entre os Departamentos e Centros da UFSC.

Corrigir essas deficiências sem prejudicar a excelência do curso se tornou um dos maiores objetivos de sua gestão. Rojas conta que o Departamento está atualmente tentando reestruturar seu corpo docente que foi drasticamente reduzido nos últimos anos devido à aposentadoria de diversos professores. Fala que realizar esta reestruturação da forma mais organizada possível é o principal motivo que o levou a assumir Chefia de Departamento. E não hesita em dizer que, em circunstâncias normais, deixaria o cargo vago e daria oportunidade para alguém mais jovem assumir. E, com isso manter a qualidade dos serviços prestados e ao mesmo tempo dar experiência a geração mais nova do Departamento. Ao ponderar sobre as vantagens e desvantagens da Chefia diz que problemas sempre existirão e que sempre haverá o que melhorar. Afirma também que ser o Chefe de Departamento não possui pontos positivos e que o único motivo para assumir tal cargo é a vocação e que não tem nem deve haver outro motivo para levar alguém a assumir esta posição.