Equipe Babitonga, de Joinville, estréia no Desafio Solar Brasil
Em entrevista ao site Desafio Solar Brasil, Cristiano Vasconcellos Ferreira, da equipe do curso de Engenharia da Mobilidade da UFSC deu detalhes sobre a montagem do time e os objetivos para a primeira participação na competição. Segundo ele, a iniciativa de participar da etapa de Florianópolis do Desafio surgiu de um colega da 1ª fase do curso. A equipe é composta por 25 pessoas e o barco foi construído em apenas quatro semanas. O casco e os painéis solares foram conseguidos com auxílio da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cristiano apontou como importante a orientação da Equipe Vento Sul, do campus da UFSC em Florianópolis. O Desafio Solar Brasil acontece entre os dias 12 e 19 de fevereiro, com equipes de diversas universidades, clique aqui para ler mais sobre a competição. Abaixo, a entrevista completa concedida no dia 3 de fevereiro.
Equipe Desafio Solar Brasil: Quem compõe a Equipe Babitonga? Todos têm vínculos com a UFSC? Há alguém de outro campus da universidade?
Cristiano Vasconcellos Ferreira: A equipe é composta por estudantes da 2ª, 3ª e 4ª fase do Curso de Engenharia da Mobilidade da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus de Joinville.
EDSB: E quanto aos pilotos? A equipe já os tem escolhidos?
CVF: A equipe tem 02 pilotos escolhidos. Estes pilotos foram escolhidos tomando como base o envolvimento deles no projeto, a disponibilidade em participar da competição em Florianópolis, assim como, obter o Arrais.
EDSB: Os integrantes da equipe já têm alguma experiência prévia em competições náuticas?
CVF: Os integrantes não tem experiência em competições náuticas, apenas alguns possuem conhecimento da área naval.
EDSB: E como é a experiência de coordenar uma equipe num evento completamente novo?
CVF: É um grande desafio e ao mesmo tempo uma experiência gratificante, uma vez que trabalhamos com jovens com grandes sonhos e aspirações. Recordo que no início tínhamos 40 pessoas interessadas, mas precisávamos reduzir o número de participantes. Para isto, foi adotado o critério de desempenho escolar. Desta forma, chegamos a uma equipe composta por 25 pessoas. Na sequência, a coordenação contemplou a organização da equipe em grupos de trabalhos, envolvidos em diferentes ações para viabilizar a iniciativa.
EDSB: Como a equipe adquiriu/está adquirindo os equipamentos e materiais necessários? A equipe possui patrocínios/apoios?
CVF: O casco e os painéis solares foram obtidos através do Polo Náutico da UFRJ, ao qual gostaria de registrar os meus agradecimentos. Os demais equipamentos e materiais foram obtidos de patrocinadores e com alguns recursos da Universidade Federal de Santa Catarina. Entre os patrocinadores, podemos citar: Spiesser Motores Náuticos, Araguaia Ferramentas, Ferrara do Brasil, Centro Náutico Porto do Sol, Sama Indústria e Comércio, Ciser e Eletronacional .
EDSB: O que foi realmente um desafio para a Equipe Babitonga? Quais foram os principais problemas ou contratempos?
CVF: O grande desafio foi construir / montar o barco em quatro semanas. Outro desafio foi mostrar para os alunos que com a força e a iniciativa deles seria possível participar da competição, entretanto, precisavam se organizar. Outro grande desafio foi a aquisição de equipamentos e peças. Para superar esta dificuldade, identificaram potenciais patrocinadores, receberam algumas negativas, mas obtiveram sucesso no final!
EDSB: O projeto naturalmente envolve conhecimentos náuticos. Como a equipe está superando esse tipo de adversidade?
CVF: Uma vantagem da equipe é que alguns integrantes possuem curso técnico na área mecânica e elétrica. Além disto, alguns possuem parentes com conhecimento naval. Desta forma, a integração destes conhecimentos multidisciplinares possibilitou superar as adversidades.
EDSB: Como surgiu a ideia de participar do Desafio Solar Brasil? Como o evento chegou ao conhecimento da equipe e de quem partiu a iniciativa?
CVF: A idéia de participar do evento surgiu através do aluno da 1ª Fase do Curso de Engenharia da Mobilidade Rafael Batista, que participou da competição em Paraty – RJ no ano passado. O Rafael me procurou para apoiar a iniciar. Assim que tomei conhecimento da competição, avaliei que seria possível participar do Desafio Solar em Fevereiro em Florianópolis. Desta forma, partimos para organizar a equipe e os trabalhos.
EDSB: Haverá alguma inter-relação entre a equipe Babitonga e a Equipe Vento Sul?
CVF: Sem dúvida. Desde já gostaria de agradecer a Equipe Vento Sul pela orientação no desenvolvimento do nosso barco e apoio para participar na iniciativa. Eu acredito que o Desafio Solar deve ser visto como uma competição, mas principalmente como um ambiente para troca de conhecimento, aprendizagem e colaboração entre os participantes. No futuro, todos serão colegas de trabalho e concorrerão por oportunidades com engenheiros de outros países. Precisamos preparar melhor os nossos profissionais para o futuro e a integração entre as equipes e a participação neste tipo de evento é fundamental!
EDSB: Qual o objetivo da equipe Babitonga ao participar do Desafio Solar Brasil?
CVF: Os objetivos em participar do evento estão diretamente relacionados ao desenvolvimento e a aplicação de conhecimentos na área naval, assim como permitir que os alunos vivenciem situações reais de engenharia já nas fases iniciais do curso.
Fonte: Equipe Desafio Solar Brasil