Equipe Babitonga, de Joinville, estréia no Desafio Solar Brasil

10/02/2011 14:45

Em entrevista ao site Desafio Solar Brasil, Cristiano Vasconcellos Ferreira, da equipe do curso de Engenharia da Mobilidade da UFSC deu detalhes sobre a montagem do time e os objetivos para a primeira participação na competição. Segundo ele, a iniciativa de participar da etapa de Florianópolis do Desafio surgiu de um colega da 1ª fase do curso. A equipe é composta por 25 pessoas e o barco foi construído em apenas quatro semanas. O casco e os painéis solares foram conseguidos com auxílio da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cristiano apontou como importante a orientação da Equipe Vento Sul, do campus da UFSC em Florianópolis. O Desafio Solar Brasil acontece entre os dias 12 e 19 de fevereiro, com equipes de diversas universidades, clique aqui para ler mais sobre a competição. Abaixo, a entrevista completa concedida no dia 3 de fevereiro.

Equipe Desafio Solar Brasil: Quem compõe a Equipe Babitonga? Todos têm vínculos com a UFSC? Há alguém de outro campus da universidade?

Cristiano Vasconcellos Ferreira: A equipe é composta por estudantes da 2ª, 3ª e 4ª fase do Curso de Engenharia da Mobilidade da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus de Joinville.

EDSB: E quanto aos pilotos? A equipe já os tem escolhidos?

CVF: A equipe tem 02 pilotos escolhidos. Estes pilotos foram escolhidos tomando como base o envolvimento deles no projeto, a disponibilidade em participar da competição em Florianópolis, assim como, obter o Arrais.

EDSB: Os integrantes da equipe já têm alguma experiência prévia em competições náuticas?

CVF: Os integrantes não tem experiência em competições náuticas, apenas alguns possuem conhecimento da área naval.

EDSB: E como é a experiência de coordenar uma equipe num evento completamente novo?

CVF: É um grande desafio e ao mesmo tempo uma experiência gratificante, uma vez que trabalhamos com jovens com grandes sonhos e aspirações. Recordo que no início tínhamos 40 pessoas interessadas, mas precisávamos reduzir o número de participantes. Para isto, foi adotado o critério de desempenho escolar. Desta forma, chegamos a uma equipe composta por 25 pessoas. Na sequência, a coordenação contemplou a organização da equipe em grupos de trabalhos, envolvidos em diferentes ações para viabilizar a iniciativa.

EDSB: Como a equipe adquiriu/está adquirindo os equipamentos e materiais necessários? A equipe possui patrocínios/apoios?

CVF: O casco e os painéis solares foram obtidos através do Polo Náutico da UFRJ, ao qual gostaria de registrar os meus agradecimentos. Os demais equipamentos e materiais foram obtidos de patrocinadores e com alguns recursos da Universidade Federal de Santa Catarina. Entre os patrocinadores, podemos citar: Spiesser Motores Náuticos, Araguaia Ferramentas, Ferrara do Brasil, Centro Náutico Porto do Sol, Sama Indústria e Comércio, Ciser e Eletronacional .

EDSB: O que foi realmente um desafio para a Equipe Babitonga? Quais foram os principais problemas ou contratempos?

CVF: O grande desafio foi construir / montar o barco em quatro semanas. Outro desafio foi mostrar para os alunos que com a força e a iniciativa deles seria possível participar da competição, entretanto, precisavam se organizar. Outro grande desafio foi a aquisição de equipamentos e peças. Para superar esta dificuldade, identificaram potenciais patrocinadores, receberam algumas negativas, mas obtiveram sucesso no final!

EDSB: O projeto naturalmente envolve conhecimentos náuticos. Como a equipe está superando esse tipo de adversidade?

CVF: Uma vantagem da equipe é que alguns integrantes possuem curso técnico na área mecânica e elétrica. Além disto, alguns possuem parentes com conhecimento naval. Desta forma, a integração destes conhecimentos multidisciplinares possibilitou superar as adversidades.

EDSB: Como surgiu a ideia de participar do Desafio Solar Brasil? Como o evento chegou ao conhecimento da equipe e de quem partiu a iniciativa?

CVF: A idéia de participar do evento surgiu através do aluno da 1ª Fase do Curso de Engenharia da Mobilidade Rafael Batista, que participou da competição em Paraty – RJ no ano passado. O Rafael me procurou para apoiar a iniciar. Assim que tomei conhecimento da competição, avaliei que seria possível participar do Desafio Solar em Fevereiro em Florianópolis. Desta forma, partimos para organizar a equipe e os trabalhos.

EDSB: Haverá alguma inter-relação entre a equipe Babitonga e a Equipe Vento Sul?

CVF: Sem dúvida. Desde já gostaria de agradecer a Equipe Vento Sul pela orientação no desenvolvimento do nosso barco e apoio para participar na iniciativa. Eu acredito que o Desafio Solar deve ser visto como uma competição, mas principalmente como um ambiente para troca de conhecimento, aprendizagem e colaboração entre os participantes. No futuro, todos serão colegas de trabalho e concorrerão por oportunidades com engenheiros de outros países. Precisamos preparar melhor os nossos profissionais para o futuro e a integração entre as equipes e a participação neste tipo de evento é fundamental!

EDSB: Qual o objetivo da equipe Babitonga ao participar do Desafio Solar Brasil?

CVF: Os objetivos em participar do evento estão diretamente relacionados ao desenvolvimento e a aplicação de conhecimentos na área naval, assim como permitir que os alunos vivenciem situações reais de engenharia já nas fases iniciais do curso.

Fonte: Equipe Desafio Solar Brasil