V Workshop de Tecnologia de Informação e Comunicação integra IFES na UFSC

29/04/2011 16:50

O V Workshop de Tecnologia de Informação e Comunicação das IFES (V Workshop de TIC das IFES) está sendo realizado na UFSC até dia 29 de abril. As Instituições Federais de Ensino Superior constituem as IFES. Busca-se trocar experiências e formar uma base comum de Governança em TI para as universidades.

  A abertura aconteceu na segunda-feira, dia 25, no auditório da Reitoria, com show do Mané Rodrigo e mesa composta por Marcio Clemes, superintendente do SETIC, João Batista Furtuoso, pró-reitor de Infraestrutura e Hugo Nascimento da Universidade Federa l de Goiás. Luiz Alberton, da Seplan, representando o reitor da UFSC, falou sobre o avanço na área de Sistemas de Informação e Segurança e desejou que, como resultado do workshop, as universidades tenham uma base comum de sistemas.

A palestra de abertura teve como tema a Governança em TI e foi ministrada pelo consultor Ian Lawrence Webster, inglês, há 20 anos no Brasil, com vasta experiência na área, tendo trabalhado muitos anos na Infraero. Ian disse que a GTI apareceu há três anos na área governamental e há uns seis anos na área empresarial. Perguntou para a plateia qual a ordem de prioridade numa organização: informação, processos, pessoas e tecnologia. Depois de ouvir várias opiniões, afirmou que primeiro vem a informação — vital para qualquer organização -, depois os processos, porque as pessoas vão e vêm, morrem, são demitidas e os processos ficam. Portanto em terceiro lugar vêm as pessoas e em quarto a tecnologia.

 O objetivo da governança é pensar “o Negócio”. As universidades são negócios onde o dinheiro público é empregado e citou o recente polêmico e escandaloso caso do ex-reitor da UnB, que reformou sua casa comprando objetos de cifras astronômicas. A governança foi criada para controlar melhor o dinheiro, procurar sustentabilidade para as organizações, não só para os processos, mas também para os resultados. A governança é associada a elementos rígidos por isto às vezes é difícil para os brasileiros assimilá-la, já que o Brasil está sempre ligado à flexibilidade. A capacidade brasileira de adaptação é positiva e reconhecida mundialmente, mas daí surge uma barreira ao conceito de governança que pode ser cooperativa, de informação de TI, de segurança da informação, de agregação de valor, de projeto.

 Atualmente se trabalha com a Governança de Risco e Conformidade (GRC), intimamente ligada à gestão e administração. Para obtenção de uma certificação ISO é necessário que toda a empresa esteja envolvida no processo, para a Governança o mesmo ocorre. É preciso que todos da empresa saibam o que é governança, das pessoas que lidam com sistemas às que gerem limpeza e segurança. As boas práticas de governança corporativa visam fortalecer a empresa e contribuir para a sua perenidade. Os investimentos em TI têm sido grandes porque os resultados são positivos e visíveis. Um exemplo próximo às IFES: nos últimos anos a imagem institucional do MEC foi destruída várias vezes por causa do ENEM. A Gestão da Informação em nível governamental não pode ser terceirizada.

Para Ian o trabalho é árduo. Todos os que trabalham em TI, têm um segundo emprego: são bombeiros, ressaltou. Estão sempre apagando incêndios.  No Brasil há 350 mil vagas de TI não preenchidas, por falta de preparo na área de gestão.

O palestrante abordou os marcos regulatórios nacionais como a Lei de Responsabilidade Fiscal e internacionais. Salientou que ainda há muitos desafios para a TI, que o conceito de risco vem sendo pouco a pouco implantado e que é necessário definir uma política de segurança da informação para cada organização, mas sempre existirão problemas para tirar o sono do gestor, como a compra de novos softwares e/ ou soluções, já que a compra não significa implementação. É imprescindível o apoio da administração central e estar incorporado na organização ao nível da administração para que se possa implementar a Governança. Conhecida como uma caixa preta, a área de TI tem suas ações pouco conhecidas dentro das organizações. É necessário, portanto, maior conhecimento das pessoas da instituição para que possa funcionar de maneira eficaz. Toda a organização precisa participar.

 Mais informações sobre o tema:   

Sobre o evento: www.vwticifes.ufba.br

Por Alita Diana/jornalista da Agecom