Egresso do EMC-CTC conquista vaga direta de doutorado em universidade francesa, em parceria com multinacional
Mesmo sem ter feito mestrado, Matheus de Lorenzo Oliveira, egresso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi convidado pela multinacional Michelin a realizar doutorado na École Polytechnique, em Paris.
Durante seu período como graduando, o aluno teve um primeiro contato com a empresa através de um intercâmbio realizado em 2019, dentro do Brafitec, programa de intercâmbio para a França, encabeçado pela Capes no Brasil.
“Foi um caminho único, que gerou um grande aprendizado em ferramentas importantíssimas voltadas não apenas à indústria, mas também à pesquisa”, conta Matheus, sobre sua experiência na École Nationale Supérieure de Mécanique et des Microtechniques (ENSMM), na cidade de Besançon.
Como parte de sua trajetória, ele fez as últimas disciplinas do currículo francês nessa instituição de grande renome para o setor de simulação, completando a quantidade de créditos necessários do chamado “BAC +5”
No decorrer de seus estudos na ENSMM, Matheus fez um estágio obrigatório de seis meses na fabricante Michelin, para estudar o envelhecimento de tecidos metálicos em pneus. Seu estágio contava com um setor de pesquisa e desenvolvimento no Institut de mécanique et d’ingénierie (I2M), em Bordeaux, e parte dos resultados experimentais eram realizados na multinacional.
Na UFSC, atuou como bolsista do CNPq, junto ao Laboratório de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos (LabCET), na pesquisa e desenvolvimento de evaporadores capilares para aplicações industriais e aeroespaciais, assim como na análise termodinâmica de aproveitamento de rejeitos térmicos das Células PEM. Atuou também como presidente da Empresa Júnior do Departamento de Engenharia Mecânica, coordenando uma equipe multidisciplinar.
Agora, sua tese atual tratará sobre a aderência de pneus em estradas úmidas e será realizada, ao longo de 3 anos, com o apoio de sua nova universidade, na capital francesa. “O que eu espero é poder trazer estes mesmos aprendizados e aquisições futuras do doutorado para o Brasil”.
Ciente de que o fato de ter abraçado as oportunidades disponíveis lhe abriu portas, Matheus defende fortemente que todos os estudantes de engenharia se envolvam não apenas em programas de intercâmbio, mas também em projetos de pesquisa de diferentes laboratórios e em atividades extracurriculares, tais como empresas juniores e equipes de competição de engenharia.