Chefes de Departamento: Antonio Augusto Ulson – EQA

29/10/2012 00:24

O Núcleo de Comunicação do Centro Tecnológico está desenvolvendo uma série de entrevistas com os Chefes dos Departamentos de Ensino do CTC. A cada semana será publicado um perfil, e para dar continuidade à série, o Professor Antônio Augusto Ulson de Souza, chefe do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, fala sobre suas atribuições.

O Professor Antônio Augusto Ulson de Souza iniciou sua trajetória acadêmica fazendo curso técnico em Petroquímica, na cidade de Campinas, São Paulo. Cursou graduação em Engenharia Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e mestrado na UNICAMP. Fez doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós-doutorado em Engenharia Química, na University of California at Davis, no Estado da Califórnia, EUA. Sempre teve interesse em questões da transformação da matéria, “nós somos um reator vivo, e isso é algo que eu acho fantástico: um elemento reagir com o outro e gerar uma molécula, algo inteiramente diferente, são os mesmos átomos, mas a recombinação faz toda a diferença”.

Ao retornar do pós-doutorado, suas pesquisas se aproximaram das indústrias têxteis. O objetivo era implantar um curso de especialização, para oferecer uma vinculação do setor com a Universidade. “Criar uma oportunidade para que a indústria realmente visse a Universidade como um parceiro e passasse a demandar projetos para que nós pudéssemos atender. Aos poucos, nós fomos criando uma rede de confiança com as empresas. Fizemos vários cursos de especialização na área têxtil, na região de Blumenau, Joinville e depois, com projetos em rede, nós conseguimos começar a trabalhar com grandes empresas com propostas em áreas de comum interesse, por exemplo, reúso de água, desenvolvimento de processos têxteis, inovações na área de tingimento”.

O professor afirma que sua chegada à chefia do Departamento resultou de um processo de que “é necessário contribuir não só na parte acadêmica e na parte de desenvolvimento, de pesquisa. Como eu já colaborei como subchefe em outros anos, era uma questão natural que eu contribuísse também como chefe, administrando o grupo, especialmente em um momento em que nós estamos muito bem avaliados. O Programa de Pós-graduação em Engenharia Química possui conceito seis na CAPES, que é um conceito excelente e estamos aí buscando chegar ao conceito sete. O Programa de Pós-graduação em Engenharia de Alimentos possui conceito cinco na CAPES e estamos buscando obter o conceito sei. Obtivemos nota cinco no Enade, nos dois cursos de graduação.”

Ao comentar aspectos positivos do Departamento, o Professor evidencia que “está em uma fase muito boa no campo da Engenharia Química, porque nós temos uma procura crescente pelo alunato, o que faz com que tenhamos acesso a bons alunos. O alunato sendo bom, nós temos bom material para trabalhar e isso vai gerar engenheiros de qualidade. Outra coisa relevante é o fato de que na pós-graduação a procura também é muito grande”.

O Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos conta com 35 professores, quantidade considerada pequena pelo Professor Antônio, uma vez que há “uma demanda de seis cursos, dois de graduação, Engenharia Química e Engenharia de Alimentos e quatro outros cursos de pós-graduação, dois de mestrado e dois de doutorado”.

Apesar de ser um grupo pequeno, o Professor afirma que os resultados obtidos ao longo dos anos “estão amplamente ligados ao esforço do grupo, que resolveu trabalhar para melhorar a qualidade de ensino, na busca de melhores projetos, e de mais receitas advindas desses projetos. Dentro do CTC, o Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos é um dos que mais têm projetos com empresas e eu acho que é um ponto que tem que ser muito fortalecido, porque todos os projetos hoje ligados ao fomento da CAPES, BNDS, FINEP, estão sempre tentando conectar a Universidade a uma rede de empresas. Eu acredito também que, no caminho que nós estamos orientados, nós vamos fazer diferença no cenário nacional como um grupo de docentes de referência, esse é o nosso alvo”.

Sobre a sua forma de conduzir o processo de chefia, acredita que “a primeira chave de uma boa gestão é estabelecer um clima de cooperação, fazer com que todas as pessoas ligadas ao Departamento sejam pró-ativas e comprometidas com a sua área de atuação. Como uma meta, eu sempre tento fazer com que o clima seja agradável, que tenhamos condições de cada um trabalhar não no mínimo, mas tentando realmente fazer um diferencial com a sua personalidade dentro das suas áreas de ações”.

Afirma que a proposta máxima da sua administração é a conquista de uma melhor infraestrutura do Departamento. “O espaço físico hoje é o nosso grande gargalo, em termos de laboratórios, de equipamentos. Precisamos de um espaço mais adequado ao desenvolvimento das atribuições de ensino e pesquisa”.

Texto: Patricia Siqueira

Fotografia: Dayane Ros

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