Centro Tecnológico

Pesquisadores do Laboratório de Mecânica de Precisão (LMP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) formaram o grupo hipeerLab, com o objetivo de produzir e doar equipamentos de proteção e de auxílio no combate à Covid-19. Com ajuda externa, já produziram mais de 600 protetores faciais e estão finalizando um protótipo de respirador hospitalar. “Para continuarmos a nossa iniciativa, é de vital importância que o auxílio financeiro por meio de doações continue”, diz o mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da UFSC Rafael Gomes Nunes Silva. 

Calil Amaral, aluno de mestrado do mesmo programa, conta que ele e os demais membros do hipeerLab usaram as impressoras 3D que tinham em casa e em instituições parceiras para produzir protetores faciais, destinados a profissionais de saúde da grande Florianópolis. Em abril, o foco do grupo passou a ser desenvolver um respirador mecânico de baixo custo, inicialmente a partir de conceito próprio. Ao monitorar outros projetos open source no mundo, os pesquisadores optaram por adotar o modelo aberto OxyGEN Project, desenvolvido por profissionais liderados pela empresa espanhola Protofy.xyz. Sua versão metálica foi validada em abril pela Agência Sanitária Espanhola.

Por sua vez, a equipe brasileira está adaptando o projeto para construir um protótipo com componentes nacionais e buscando parceiros de fabricação. Ela já produziu uma versão em acrílico e iniciou o protótipo metálico. “Atualmente, o produto encontra-se em processo de homologação numa parceria do hipeerLab com outras equipes do Brasil”, disse o doutorando Michel Tavares, também pesquisador do LMP.  Ouça os depoimentos completos no vídeo:

Colaborações

O laboratório colaborativo do hipeerLab é integrado por pesquisadores da Engenharia Mecânica, do Design e da Produção Visual. Entre os parceiros se destacam as equipes do EME (Equipamentos Médicos Emergenciais) e do Núcleo de Gestão e Design (NGD). Como não contam com apoio financeiro, as atividades dependem da arrecadação de doações, que estão sendo por meio de “vaquinha virtual”. A prestação de contas é feita no site do hipeerLab, onde também é possível conferir detalhes das ações e outras maneiras de contribuir.

Para contribuir, acesse: hipeerLab COVID-19: Fabricação de face shields e respiradores. Mais informações no site do hipeerLab.

Fonte: Grupo faz vaquinha virtual para produção de equipamentos de proteção e auxílio no combate à Covid-19. As informações completas estão no site do Departamento de Engenharia Mecânica. 

Software simula situações cotidianas para determinar as distâncias adequadas entre pessoas. Imagem: Divulgação Notícias UFSC.

Em tempos de Covid-19, a tecnologia de simulação computacional vem barateando e acelerando pesquisas, além de orientar a produção de equipamentos hospitalares para tratar a doença. A ESSS (Engineering Simulation and Scientific Software), empresa vinda do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), direcionou seu desenvolvimento de softwares para modelar inaladores, escalar a produção de máscaras de proteção e calcular medidas de convívio social que limitam a propagação do novo coronavírus. 
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Na última quarta-feira, 6, às 14h, a Direção do Centro Tecnológico realizou reunião com os membros da comunidade do Centro, por meio da plataforma online Jitsi Meet. Foram abordadas as situações atuais do CTC e da UFSC em função das medidas de isolamento social que estão em vigor desde 18 de março de 2020, devido à pandemia do novo Coronavírus. 

Durante a reunião, os membros avaliaram a situação geral e discutiram as questões administrativas e acadêmicas referentes ao Centro de Ensino, com base em dados e análises sobre os números da pandemia de COVID-19. Também foram exploradas as previsões, ainda muito preliminares, de retorno das atividades presenciais da UFSC. Destacou-se, também, que atividades administrativas estão ocorrendo via teletrabalho. 

Neste primeiro teste de reunião nesse novo formato, foram convidados servidores docentes, técnico-administrativos e representantes discentes dos colegiados e do Conselho da Unidade. Aqueles que não conseguiram participar, devido ao limite da plataforma em 100 participantes, e mandaram e-mail solicitando acesso, foram convidados a participar de uma segunda reunião, a partir de 15h30.

É possível acessar a súmula da reunião clicando aqui. 

Os documentos disponibilizados para a reunião, podem ser acessados a seguir: 

– Portaria GR 359/2020

– Apresentação sobre a situação na UFSC, CTC e comparativo entre alguns países e Brasil

– Está na hora AGECOM

– Premissas e Propostas enviada pela Reitoria da UFSC

Segundo o Diretor do Centro Tecnológico, Prof. Edson Roberto De Pieri, esse modelo de reunião foi uma primeira experiência, que virá a se repetir periodicamente.

Uma iniciativa de alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) auxilia empreendedores na busca por soluções para superar a crise ocasionada pela pandemia da Covid-19. A plataforma intitulada S.O.S Encurralados conecta micro e pequenos empresários a mentores voluntários.

O grupo de suporte é formado pelos alunos Bruna Nagai (Engenharia Eletrônica, UFSC), Isaque Machado (Ciências Econômicas, UFSC), Gabriel Pereira (Engenharia Mecânica, UFSC), Diego Ramos (Engenharia de Produção, Udesc) e Thaliane Freitas (Engenharia de Produção, Udesc). O processo do trabalho inicia-se com o cadastramento na página da plataforma. Em seguida, é realizado o diagnóstico da situação da empresa. Na terceira etapa, ocorre a cocriação da solução para o problema enfrentado. E, por fim, é implementado um plano de ação.

“Desenvolvemos uma jornada que contempla um olhar para o ser humano empreendedor através da escuta e conexão com as suas dores para cocriação de soluções de curto prazo (sobrevivência da empresa) e soluções para adaptar o negócio às novas tendências que impactam o ramo de atividade do empreendedor”, diz o texto de apresentação da plataforma. Ao todo, a S.O.S Encurralados contabiliza cerca de 80 participantes em sua rede. A iniciativa cadastra não apenas donos de negócio, mas também voluntários que queiram participar como mentores.

Mais informações no site S.O.S Encurralados e na página do Instagram.

Fonte: Notícias UFSC. Acesse a matéria: Iniciativa de alunos da UFSC e UDESC auxiliam empreendedores com soluções para enfrentar crise 

Foto: Divulgação Fapeu.

O protótipo de ventilador pulmonar, desenvolvido pelo professor Saulo Güths, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi aprovado em testes de bancada realizados no Hospital de Clínicas, de Porto Alegre, e também em experimentos feitos em animais. Para colocar o equipamento em produção para avaliação com humanos, o professor agora busca empresas interessadas e cadastradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fabricação dos ventiladores.

O equipamento é de baixo custo e vai poder, de acordo com os testes realizados, dar suporte à vida em UTIs, e não apenas para casos de emergência. “O objetivo é ter um equipamento que consiga competir com os de R$ 170 mil que estão comercializando nesse momento. Necessitamos ainda acrescentar alguns sensores, o que pode resultar num valor um pouco maior que o almejado inicialmente, que era R$ 1 mil. Mas mesmo assim terá um custo imensamente menor que os similares encontrados hoje”, compara o professor. “É claro que entrando com uma empresa que tem fins comerciais, ela vai também colocar a questão de, não só o lucro, mas a responsabilidade, assistência, impostos, tudo isso faz aumentar o valor, mas não vai chegar aos pés de um valor que é o do mercado atual, sem dúvida nenhuma”, acrescenta o docente em entrevista à Assessoria de Comunicação da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu).

O projeto tem gestão administrativa e financeira da Fapeu. “A Fapeu é importante pois, além de gerenciar um projeto semelhante que foi um suporte para o desenvolvimento atual, está auxiliando na realização destes atuais ensaios por meio também do Núcleo de Análise Gerencial e Fiscal (Nagefi)”, explica o professor.
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Engenheira Química e Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina, Fernanda Checchinato, criou uma linha de antissépticos (em gel e spray) para as mãos com mais benefícios que o álcool 70%.  O trabalho desenvolvido pela cientista foi destaque na coluna da jornalista Laine Valgas do portal NSC Total. A iniciativa não possui álcool em sua composição que, de acordo com Fernanda, torna os produtos “mais seguros e não danificam a pele, ao contrário, possuem propriedades hidratantes. Ambos podem ser usados por pessoas de qualquer idade”.  

Segundo o portal de notícias, os produtos vão ser doados essa semana para o Asilo Irmão Joaquim, de Florianópolis. A ideia é garantir a higienização das mãos dos cerca de 40 idosos que vivem no local, e que por terem a pele mais sensível, devem usar de preferência aplicações sem álcool.

Acesse a matéria completa do NSC Total. Fonte: Notícias UFSC.

Centro de Tecnologias Sociais para Gestão da Água. Foto: Divulgação Notícias UFSC.

O prédio do Centro de Tecnologias Sociais para Gestão da Água, vinculado ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi disponibilizado ao Hospital Universitário Prof. Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) para servir de alojamento aos profissionais durante a pandemia de Covid-19. Em parceria com o 14º Pelotão de Polícia do Exército, o HU está trabalhando na adequação do imóvel, localizado atrás do hospital.

As características da construção permitem utilizá-la como alojamento, incluindo ambiente para refeitório, área para produção de alimentos e lavanderia, conforme explica a superintendente do hospital, Maria de Lourdes Rovaris. “Entendemos que esse espaço é de fundamental importância para os trabalhadores do HU/UFSC, para que eles e suas famílias possam passar por esse momento com mais tranquilidade. Será um espaço para permanência dos trabalhadores que não desejarem retornar às suas residências”, afirma Maria em entrevista ao Notícias UFSC.

O prédio, cuja construção foi patrocinada pelo programa Petrobras Socioambiental, tem aproximadamente 800m², dois andares, laboratórios, salas individuais e coletivas e conta com estruturas para aproveitamento de água da chuva, telhado verde, materiais de construção alternativos e arquitetura que dispensa climatização e iluminação artificial. “Nada mais nobre que seja aproveitado desta maneira, neste momento de urgência. Neste momento tão angustiante, o prédio cumpre sua função social”, enfatiza Paulo Belli, professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental e coordenador do Centro de Tecnologias Sociais para Gestão da Água, em entrevista ao Notícias UFSC. “É uma estrutura da Universidade a mais para colaborar neste momento difícil, uma estrutura da Engenharia Sanitária e Ambiental à disposição da sociedade”, complementa Paulo, que se diz honrado, com a possibilidade de o centro que coordena poder colaborar com os profissionais que estão na linha de frente no combate à Covid-19.

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A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou na quarta-feira, 29 de abril, a Portaria Normativa nº 359, que prorroga a suspensão das atividades acadêmicas e administrativas presenciais até o dia 31 de maio.

Seguem suspensas as atividades de ensino em todos os níveis e modalidades, em todas as unidades da Universidade. Além disso, a Portaria prorroga a suspensão de atividades acadêmicas presenciais como bancas, concursos, reuniões, entre outras. O expediente presencial nas atividades técnicas e administrativas em todas as unidades da UFSC, exceto nos setores de saúde, segurança e nas situações de caráter inadiável e essencial, também segue suspenso.

O documento ressalta, no entanto, que as medidas poderão ser alteradas a depender de fatos novos que justifiquem sua alteração.

Acesse a Portaria Normativa nº 359/2020/GR

Via: Notícias UFSC.

A pesquisadora do Laboratório de Conforto Ambiental e pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo (PósARQ) da Universidade Federal de Santa Catarina, Raphaela Walger da Fonseca, reforça a importância dos efeitos não visuais da luz neste período de quarentena em decorrência do novo Coronavírus. Raphaela destaca que a exposição à luz natural é prescrita como um antidepressivo natural para tratamentos do transtorno afetivo sazonal, aquela depressão comum em países com inverno muito longo.

A luz natural é também recomendada para melhorar a produção de serotonina, responsável pelo bem-estar e por aspectos biopsíquicos. A pesquisa da PósARQ tem a supervisão do professor Fernando Oscar Ruttkay Pereira e conta com a colaboração de Rafael Prado Cartana. 

Confira algumas das dicas para este período de isolamento:

• Olhem para o céu, em especial pela manhã. Abram os vidros, pois eles podem interferir nas propriedades físicas da luz que precisam ser percebida pelos seus olhos.
• Cuidem com a exposição à luz artificial durante a noite. Isso vale para a luz da TV, do tablet, do smartphone. Se possível, altere a configuração desses dispositivos para o modo noturno.
• Se em sua casa houver iluminação com tonalidade “âmbar”, dê preferência a essa iluminação no fim do dia.
• Faça as atividades que puder olhando para fora. A exposição à luz natural e ao contato visual com o exterior apresentam inúmeros benefícios.
• Lembre-se de precisamos da alternância entre o claro e o escuro, além das variações das características da luz ao longo do dia. A luz natural também é remédio!

Essas medidas são importantes para a manutenção da saúde, isso porque o olho humano possui células fotorreceptoras não relacionadas à percepção visual de imagem, as chamadas células ganglionares da retina intrinsecamente fotossensíveis (ipRGCs). Sensíveis a uma faixa do espectro luminoso diferente da faixa visível, as funções das células ipRGCs são relacionadas com a ativação e a sincronização do ritmo circadiano, conhecido como nosso “relógio biológico”.

O ritmo circadiano, por sua vez, é regulado em ciclos com duração de aproximadamente 24 horas e associado à alternância de claridade e escuridão decorrentes do dia e da noite. Ele regula uma gama de funções comportamentais e fisiológicas como o ciclo sono vigília, nível de alerta, humor, supressão, secreção de hormônios e temperatura corporal central. A desordem desse ritmo pode ter implicações genéticas, fisiológicas e psicológicas, sendo também associada a distúrbios do sono, ao aumento do risco de diabetes e a alguns tipos de câncer.

Acesse a matéria completa: Pesquisadora da UFSC reforça importância da luz natural no período de quarentena

Os professores Jônata Tyska e Vania Bogorny, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), aliados a uma equipe global de desenvolvedores voluntários, estão criando um aplicativo para celular que notifica possíveis contágios da Covid-19, tendo como prioridade a preservação da privacidade dos usuários. 

O objetivo do Covid App é detectar e notificar pessoas que tenham tido contato próximo com casos suspeitos ou confirmados do Coronavírus. Para isso, o aplicativo vai coletar os encontros físicos entre pessoas usando o Bluetooth dos celulares. A tecnologia permite identificar outros dispositivos sem armazenar a localização do usuário, preservando a privacidade de dados. O projeto vai ser constituído por um aplicativo móvel, para a população em geral e profissionais da saúde, e uma aplicação web para gestores. 

Entenda como vai funcionar o Covid App:

Imagem: Reprodução Notícias UFSC.

A ferramenta está sendo produzida por dois times, um na Europa e o outro em Florianópolis em Santa Catarina. No exterior, o time é liderado pelo italiano Luca Mastrostefano e conta com 14 desenvolvedores voluntários. A equipe do Brasil é coordenada pelos docentes da UFSC, Jônata Tyska e Vania Bogorny, e composta por 13 voluntários. O aplicativo está em fase de testes e ainda não está disponível para download. Para ser notificado quando o Covid App estiver pronto, preencha nome e endereço de e-mail aqui. 

Para mais informações, acesse o site do Covid App. 

Matéria completa: Professores da UFSC coordenam desenvolvimento de aplicativo que detecta exposição de pessoas ao Coronavírus.